segunda-feira, 10 de maio de 2010

Tarefa 2

A capacidade das células-tronco se multiplicarem, reparando e formando diversos tecidos do corpo, como os da própria pele, do cérebro, dos ossos, do coração e dos músculos, torna essa pesquisa um importante avanço da medicina e no tratamento de doenças até hoje incuráveis.
São de diversos tipos, e são consideradas um verdadeiro tesouro. Podem originar outros tipos de células e criar a cura de diversas doenças como o câncer, o Mal de Alzeimer e cardiopatias. São primitivas, produzidas durante o desenvolvimento do organismo. Uma das principais aplicações é produzir células e tecidos para terapias medicinais. Atualmente, órgãos e tecidos doados são freqüentemente usados para repor aqueles que estão doentes ou destruídos.
As células-tronco podem ser encontradas em embriões recém-fecundados (blastocitos), criados por fertilização in vitro, em embriões recém-fecundados criados por inserção do núcleo celular de uma célula adulta em um óvulo que teve seu núcleo removido, em células germinativas ou órgãos de fetos abortados, em células sanguíneas de cordão umbilical no momento do nascimento, e em alguns tecidos adultos (tais como a medula óssea).
Elas funcionam como células curingas, ou seja, teriam a função de ajudar no reparo de uma lesão. As células-tronco da medula óssea, especialmente, têm uma função importante: regenerar o sangue, porque as células sangüíneas se renovam constantemente.
Podem ser classificadas como:
- Totipotentes ou embrionárias - são as que conseguem se diferenciar em todos os 216 tecidos que formam o corpo humano;
- Pluripotentes ou multipotentes - são as que conseguem se diferenciar em quase todos os tecidos humanos, menos placenta e anexos embrionários;
- Oligopotentes - são aquelas que conseguem diferenciar-se em poucos tecidos;
- Unipotentes - são aquelas que conseguem diferenciar-se em um único tecido.
Algumas doenças que seriam beneficiadas com a utilização das células-tronco embrionárias são: Câncer - para reconstrução dos tecidos; Doenças do coração - para reposição do tecido isquêmico com células cardíacas saudáveis e para o crescimento de novos vasos; Osteoporose - por repopular o osso com células novas e fortes; Doença de Parkinson - para reposição das células cerebrais produtoras de dopamina; Diabetes - para infundir o pâncreas com novas células produtoras de insulina; Cegueira - para repor as células da retina; Danos na medula espinhal - para reposição das células neurais da medula espinal; Doenças renais - para repor as células, tecidos ou mesmo o rim inteiro; Doenças hepáticas - para repor as células hepáticas ou o fígado todo; Esclerose lateral amiotrófica - para a geração de novo tecido neural ao longo da medula espinal e corpo; Doença de Alzheimer - células-tronco poderiam tornar-se parte da cura pela reposição e cura das células cerebrais; Distrofia muscular - para reposição de tecido muscular e possivelmente, carreando genes que promovam a cura; Osteoartrite - para ajudar o organismo a desenvolver nova cartilagem; Doença auto-imune - para repopular as células do sangue e do sistema imune; Doença pulmonar - para o crescimento de um novo tecido pulmonar.
Aqui no Brasil, os tratamentos com células-tronco são feitos apenas em grandes centros de pesquisa, como os grandes hospitais e somente para pacientes que assinam um termo de consentimento e concordam em participar desses estudos clínicos.
Ainda existe uma séria e relevante discussão envolvendo a técnica: embriões teriam de ser sacrificados em prol da vida do doente. Muitas pessoas no mundo inteiro se manifestam contra esse procedimento, alegando que, se o embrião não tivesse seu desenvolvimento interrompido, uma pessoa nasceria. Isso é comparar essa forma de clonagem a um aborto. Por outro lado, muitas pessoas portadoras de doenças genéticas ou lesões medulares que impedem a locomoção defendem essa técnica porque enxergam nela a única possibilidade de cura definitiva atualmente conhecida.